sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Mãe Má

Hoje me foi disponibilizado um texto muito interessante.
Ele fala sobre as pobres mães más do mundo.

Mães estas que não deixam os filhos tomarem conta sozinhos do seu crescimento.
Fico pensando o que será dos filhos daqueles que são consideradas as "boas mães", boazinha, boazinha.

Pode ser que eles cresçam saudáveis e felizes.
Pode ser que eles virem profissionais de sucesso.
Pode ser que se tornem cidadãos concientes e responsáveis.
Pode ser que não desenvolvam nenhuma doença, nem mesmo a mais simples de todas.
Mas pode ser que não!

Tudo bem, isso é natural, tanto para os filhos de mães boas ou ruins (até porque isso é muito relativo). O grande problema, ao meu ver é o "pode ser". Não conseguiria viver com a ideia que se alguma coisa ruim acontecesse, eu poderia ser a culpada, por não ter conseguido evitar.

Tenho um amigo que perdeu o filho em um acidente de trânsito. O menino tinha 18 anos. Os pais nunca se culparam! Nunca! E nem poderia, ele era a pessoa mais sistemâtica com questões de trânsito. Os filhos dele nunca dirigiram sem carteira, nunca andaram sem cinto de segurança, nunca andaram no banco da frente e mesmo assim, ainda assim, um deles faleceu em uma batida de carro. E ele foi o único dentre cinco jovens dentro do carro. Como pode?

O pai e a mãe nunca poderiam ser culpados, nem se sentirem assim.  Fizeram de tudo! Foram pais ruins enquanto os outros pais eram "tão legais"! Se conformaram com o acaso de destino! Sofreram, e sofrem tanto quanto um ser humano é capaz de sofrer.

Imagino eu se fosse o contrário: se eles tivessem, a vida toda, não ligado para isso. Tivessem deixado o filho fazer o que queria no auge dos seus 17 anos. Dirigir serm carteitra, porque ele já sabia. Andar sem cint de segurança, porque ele achava que incomoda. Andar sem cadeirinha, porque a criança não pára nela. E quando chegasse o tal dia, o dia mais triste da vida deles. Como se conformariam? Como não pensariam: "eu devia ter evitado".

Esse é o tipo de exemplo que eu levo. Dos pais que fizeram tudo para evitar o inevitável.
É a certeza do "fiz todo o possível" em substituição ao "eu deveria ter feito" que me empurra para frente na difícil tarefa de ser uma mãe má!